São Paulo teve em 2010 a maior inflação dos últimos seis anos, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Foram 6,40%, quase o dobro do verificado em 2009: 3,45%.
Os alimentos, principalmente a carne, foram os grandes vilões da alta de preços no ano.
Um item da categoria habitação, contudo, também foi destaque.
O Imposto Predial, mais conhecido como IPTU, subiu 24%.
Isso quer dizer que, se você pagava R$ 100 de IPTU em 2009, seguindo a tendência verificada pela Fipe, pagou R$ 125 de IPTU em 2010.
Aumento salgado, não?
Interessante também o fato de que o IPTU em São Paulo, assim como muitas cidades, é calculado com base no valor de venda do imóvel sobre o qual ele é cobrado.
Então, isso quer dizer que o preço das casas subiu, aproximadamente, 24% em 2009.
Quando a prefeitura enviou o carnê do imposto a sua casa, ela calculou esse aumento.
Pode até ser que o imposto estava com seu valor defasado.
De todo jeito, esta valorização um dia aconteceu.
E não foi pequena.
Se tudo se deu em 2010 mesmo, uma pessoa que poupou o ano todo para dar a entrada no apartamento de R$ 200 mil que viu em janeiro, quando foi fazer sua proposta em dezembro, descobriu que o mesmo apartamento já custava R$ 250 mil.
Encareceu bastante, não?
Pois é, talvez o jeito seja mesmo morar de aluguel.
Afinal de contas, segundo a Fipe, ele aumentou 3,70% em 2010.
É menos que a inflação.
Bom, não é?
Pode até ter sido em 2010, mas não se esqueça já estamos em 2011.
Em 2011, o que vai basear o reajuste dos alugueis será o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), este medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
E o IGP-M, em 2010, acumulou variação de 11,32% (baixe o último relatório).
Está difícil mesmo, não?